Dennis começou a rezar para todos os santos dos quais lembrava o nome e para deuses que nem era de sua religião: Alá, Buda, Zeus, Goku, qualquer um que passasse por sua cabeça.
Um trovão ecoou pela sala. De repente, como se tivessem ouvido as preces do grupo, um grande portal azul apareceu nos pés das crianças; um portal que parecia levar ao espaço, pontilhado de estrelas e constelações.
Dennis encarou o portal boquiaberto. Seria ele quem tinha o invocado...?
— Nos leve para um lugar seguro, por favor, por favor portal aleatório...!!
Ele fechou os olhos, esperançoso de que sua prece fosse ouvida. A sala se iluminou num clarão, cegando a mulher que se passava por guia e a Hidra, que gritaram quando o grupo foi sugado para dentro do portal.
Então, silêncio e trevas.
Dennis abriu os olhos devagar. Estava jogado no chão, num campim verde-escuro que se balançava junto com a brisa suave. O cheiro de pinheiro era forte. Pinheiro e... mais alguma coisa. Morangos, talvez.
O ruivo gemeu, os olhos incomodados com a claridade. Sentou-se, averiguando seu estado. Estava vivo. E inteiro.
Ergueu-se num pulo, levantando as mãos para o alto e chorando de felicidade.
— VALEU GOKU!! EU TE AMO, CARA!!
Um trovão ecoou de algum lugar, apesar do céu estar totalmente claro e aberto.
O grupo parecia estar no topo de uma colina. Tudo o que se tinha para ver era relva e uma floresta de pinheiros, nada mais. Logo em frente, havia um grande pinheiro – mais alto e mais majestoso que todos os outros, que se destacava dos demais.
Sentindo-se estranhamente atraído pelo pinheiro, o ruivo caminhou até ele. Não sabia como, mas sentia uma... força. Magia, vindo daquele pinheiro. Ali, no ponto mais alto da colina mais alta do vale, Dennis viu algo que... que simplesmente não conseguia acreditar.
Lá embaixo, Dennis conseguiu identificar algumas estruturas. Construções. Mas não construções normais, mas sim, construções que lembravam a arquitetura grega antiga – um pavilhão a céu aberto, um anfiteatro, uma arena circular -, só que pareciam novos em folha, as colunas de mármore branco reluzindo ao sol. Havia também um pequeno lago, uma quadra de areia e um estranho agrupamento de... chalés.
Dennis gaguejou, sentindo as pernas enfraquecerem.
— N-Nós... NÓS FOMOS TELETRANSPORTADOS PRA GRÉCIA ANTIGAAA!!!! — berrou, começando a correr em círculos ao redor do grande pinheiro que nem um louco, agitando os braços.