RPG AMS: A Ascenção do Tártaro

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    A primeira caçada

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    Mensagem por Hack Qua Jan 28, 2015 12:32 am

    Após conseguirem suas armas, os novatos retornaram para o chalé 11. Assim que descobriram que Ryan havia sido determinado como filho de Hermes, Gary&Larry surtaram. Fizeram uma grande comemoração e lançaram muitas tortas na cara do garotinho, que foi muito bem recebido com apertos de mão e pegadinhas diversas.

    Clover foi transferida para o chalé 4. Ceci ficou muito contente em receber uma nova meio-irmã em seu chalé, e os filhos de Deméter receberam a novata de forma calorosa. Para comemorarem a chegada de Clover, fizeram uma linda (e deliciosa!) torta de frutas para ela.

    Já Dennis ficou nas forjas com Mark até que ele terminasse a espada que prometera à Clover. Agora que havia sido determinado, Dennis passaria a morar no chalé 9, junto com seus dois meio-irmãos.

    O interior do chalé 9 era muito mais atraente que seu exterior. O piso era de pedra polida, e o lugar era bem espaçoso. Haviam poucos beliches ali, com lençóis e fronhas simples. Por todo o chalé estavam espalhados ferramentas, projetos de armas, pregos e parafusos, e muitas armas e trabalhos inacabados dos filhos de Hefesto. O fundo do chalé era praticamente uma oficina.

    Thiago recebeu os dois meio-irmãos com um enorme sorriso no rosto.

    — Aí estão vocês! Por quê demoraram tanto?

    Mark suspirou. Parecia exausto.

    — Estava terminando uma arma...

    — Cara, Mark! Você precisa relaxar de vez enquanto! Você vai ficar velho antes do tempo se só trabalhar e trabalhar e trabalhar sem parar!

    O loiro revirou os olhos.

    — Já sei! Por quê a gente não relaxa um pouco e aproveita para comemorar a chegada de mais um filho de Hefesto aqui no Acampamento, hm? — ele deu uma piscadela para Dennis, sorridente. — Você nem vai acreditar no que eu consegui de um filho de Hermes...!

    Thiago pegou vários pacotes de Doritos e uma caixa de cerveja, que mostrou para Mark, balançando os itens na cara do meio-irmão de forma tentadora.

    — Doritos e cerveja, cara!! São seus favoritos!

    Mark bufou, lançando um olhar repreendedor na direção de Thiago.

    — Guarde isso. Eu já disse que não é pra você trazer cerveja ou qualquer outro tipo de bebida alcoólica pro acampamento!

    — Buuh, deixe de ser chato! Até parece o Hamilton falando! É só uma cerveja, cara!

    Mark pareceu pensativo. Por fim deu de ombros.

    — ... Uma cervejinha de vez enquanto não faz mal a ninguém...

    Thiago deu um socão no peito do meio-irmão.

    — É disso que eu tô falando, cara!!

    — Tá, mas guarde isso pra depois do jantar... Vamos.

    Thiago escondeu os sacos de Doritos e guardou as cervejas num frigobar escondido como criado-mudo. Ele, Mark e Dennis saíram do chalé e, juntamente com os outros campistas, foram em direção ao pavilhão do refeitório para comer.

    ~

    Na mesa do chalé 9 havia espaço de sobra e comida de sobra também. Na hora da oferenda, Dennis lançou uma grande coxa de peru ao fogo, agradecendo à Hefesto por ser seu pai e ter lhe dado dois irmãozãos de presente. Retornou então para sua mesa, empanturrando-se de comida. Mark e Thiago conversavam sobre seu dia, e Thiago riu alto quando descobriu que Mark havia dado uma surra em Nelson.

    Dennis lançou um olhar à mesa do chalé 4, avistando Clover entre os novos meio-irmãos. Também fitou a mesa do chalé 11, acenando para seus amigos novatos que haviam ficado no chalé de Hermes.

    Após a janta, Sr. D fez seus costumeiros anúncios, como de costume. O que não foi de costume foi Larissa se pronunciar após o pai para dar seu próprio anúncio.

    — Um momentinho de atenção, por favor! — pediu Larissa, erguendo-se. — Queria muito agradecer à Mark Barrett, líder do chalé 9 e nosso melhor ferreiro, artesão e quebra-galho do acampamento por ter dedicado seu dia aos novatos, fazendo suas armas. Muito obrigada, Mark!!

    Mark cobriu o rosto e tentou se esconder atrás de Thiago. Odiava ser o centro das atenções. Alguns campistas bateram palmas, mas a maioria riu ao ver que o filho de Hefesto havia ficado sem graça.

    — Bem, agora, vamos ao anúncio que interessa! Eu e Nelson trocamos algumas ideias e... decidimos fazer uma brincadeira entre os novatos. Uma caçada, para ser mais exata.

    Dennis franziu o cenho. Se Nelson estava envolvido naquilo, não podia ser coisa boa...


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    Mensagem por Cah Qua Jan 28, 2015 12:53 am

    Ryan chegou ao pavilhão alguns minutos atrasados. Claro, teve que tomar um bom banho depois da festa que seus novos meio-irmãos fizeram para ele só para tirar todo o glacê do rosto. Caminhou até a sua mesa bufando e seu humor só piorou ao perceber que ficaria preso àquela mesa lotada e barulhenta para sempre.

    Levantou junto de seus irmãos quando eles formaram a fila. No meio do caminho furtou uma oferenda - um suculento pedaço de pão com queijo derretido por cima - do prato de um campista mais velho, um que tinha espalhado torta por todo seu cabelo.

    — Obrigado... Por ter tornado minha vida um inferno. — disse de mau-humor e empurrou a oferenda ao fogo.

    Começou a comer sem prestar atenção nas conversas ao seu redor, mas parou quando os avisos começaram. Levantou as sobrancelhas, curioso, quando escutou sobre a caçada.
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    Mensagem por Bivi Qua Jan 28, 2015 12:56 am

    Ao contrário da maioria dos outros novatos, Elisa ainda não havia sido determinada e portanto ainda ficava no chalé de Hermes. Era óbvio que a garota ficara feliz pelos seus colegas, mas isso não mudava o fato de que ela ainda não havia sido determinada. Seu pai não a reconheceu.

    Será que era coincidência todos os novatos serem determinados no mesmo dia? Será que levaria muito tempo para saber quem era o seu pai? Ela ficava cada vez mais ansiosa com o passar dos dias. Ao mesmo tempo, temia nunca acabar descobrindo o seu pai.

    Durante a janta, Elisa acenou para os campistas que conhecia. Arranjou um lugar no canto da mesa do seu chalé e logo entrou na fila para realizar a sua oferenda. Havia sacrificado algumas uvas bem bonitas e saborosas, rezando para que fosse determinada logo.

    A garota sorriu ao ouvir Larissa agradecendo Mark e bateu algumas palmas. Seu semblante logo mudou para algo intrigado.

    — Uma caçada...? - Perguntou, curiosa.
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    Mensagem por Caio Qua Jan 28, 2015 1:01 am

    Clover foi ao seu novo chalé, quando viu sua torta de presente de boas vindas, a garota ficou sem graça.

    - Obrigada pessoal – agradeceu aos seus meios-irmãos – podemos comer depois do jantar, senão vai ficar tarde pra nós ir.

    Então junto com outros campistas fizeram filas e foram para o jantar.

    Na sua mesa havia bastante espaço para sentar, e dessa vez ela ficou no meio do banco, ideia de Ceci. Viu Dennis com seus dois meios-irmãos, com certeza estava animado, depois olhou para a mesa de Hermes estava cheia como sempre, provavelmente ia passar no chalé 11 para ver Elisa no dia seguinte. Foi até a fogueira e dessa vez sacrificou umas uvas, não sabia se sua mãe era vegetariana, e não queria saber da pior forma.

    Quando ouviu sobre a caçada, e soube que era ideia de Nelson, não ficou muito feliz, com certeza o filho de Ares queria vingança pelo vexame que sofreu mais cedo.
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    Mensagem por Nate Qua Jan 28, 2015 1:06 am

    Chegando na mesa de jantar, Allen percebeu que alguns dos novatos que estavam com ele agora sentavam em outras mesas. Não entendeu o que isso significava, já que mal deu atenção para as explicações de praticamente tudo do acampamento. Mas sabia que correria um risco caso tentasse sentar em outra mesa, como aconteceu com uma garota também novata na noite passada.

    Após sacrificar um alface grande e verde, Allen voltou para o seu lugar e ficou quieto até Larissa terminar de falar. Não entendeu o que era essa caçada, por isso esperou até alguém explicar.
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    Mensagem por Hack Qua Jan 28, 2015 1:23 am

    Vendo que havia conseguido a atenção dos campistas, Larissa continuou a falar:

    — Agora que vocês possuem suas armas, Nelson achou interessante que as testassem... Mas não num treino, contra bonecos de palha ou outros campistas, mas sim, numa situação mais... real. — a garota pigarreou. — Vocês irão amanhã para a Floresta lutarem contra um monstro de verdade.

    Um burburinho começou a se espalhar pelas mesas. Dennis fitou Mark atrás de uma explicação, mas o outro parecia tão confuso quanto ele mesmo.

    Na mesa de Ares, Nelson estava de braços cruzados e os pés em cima da mesa. Seus olhos vermelhos brilhavam, e um sorriso feio e perverso estava estampado em seu rosto.

    — Não há com que se preocupar!! Eu, Nelson e Kathy estaremos acompanhando a caçada de vocês durante o tempo todo, para caso precisem de nós. Além disso, vocês poderão escolher qualquer veterano para ajudá-los. Esse veterano lhes dará cobertura e será responsável por vocês. — explicou Larissa. — Vocês tem até amanhã de manhã para escolherem sua dupla, novatos. Isso é tudo.

    A garota voltou a sentar-se na mesa do chalé 12. Dennis fitou Mark fazendo cara de cachorrinho abandonando, pedindo numa vozinha fina:

    — IRMÃOZÃO...

    — Não. Nem pensar. Nem morto. — grunhiu o loiro, decidido.

    — MASMAS... POR FAVORRR!! POR FAVORZINHO! POR FAVOR!! IRMÃOZÃÃO!! FAZ DUPLA COMIGO, POR FAVORR!!

    O garoto sardento choramingou, implorando à Mark para que fosse seu veterano na caçada. Se o meio-irmão o ajudasse, com certeza seriam imbatíveis! Tinha que arranjar um jeito de convencê-lo...

    Após o último anunciamento ter sido dado, os campistas todos se levantaram de suas mesas e formaram filas para voltarem para seus devidos chalés. Dennis ia pulando logo atrás de Mark, implorando para que ele fosse sua dupla.



    Última edição por Hack em Qua Jan 28, 2015 1:40 am, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Nate Qua Jan 28, 2015 1:34 am

    Nick nunca estivera tão animado como estava agora. Como era um veterano, poderia ajudar um novato nessa caçada. A ideia de fazer mais amigos sempre alegrava o garoto sonolento. "Se ao menos tivesse alguém menor do que eu...Assim eu poderia agir como um irmão mais velho!", pensou enquanto olhava ao redor à procura de algum novato. Quando virou-se para a pessoa que estava do seu lado, quase deu um pulo. Era o mesmo garoto de cabelos prateados que vira batalhar, e ele era menor do que Nick.

    -Ei,ei. -Disse, tentando chamar a atenção do garoto. - Se quiser eu posso ser sua dupla! Posso não ser muito forte, mas se quiser que o inimigo durma é comigo!


    Última edição por Nate em Qua Jan 28, 2015 1:36 am, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Caio Qua Jan 28, 2015 1:35 am

    Ao ouvir que iam lutar com um monstro os pelos Clover se arrepiaram, com certeza estava com medo, mas vendo que não tinha outra escolha, acabou aceitando a novidade. Ficou pensando em quem iria escolher para ser seu parceiro, algum de seus meios-irmãos talvez. Então veio em sua mente, alguém que seria totalmente útil para ela, alguém confiável e forte, o pequeno Liam, bem tecnicamente ele era um veterano, apesar de ser um sátiro.

    Então depois do jantar ela foi até Liam que acabara de se levantar de sua mesa, nem percebendo que a garota estava atrás dele.

    - Ei Liam, queres fazer dupla comigo para amanhã?

    - Quem eu!? – O sátiro se vira vendo a garota atrás dele. – Eu sou horrível em lutar... E... E eu... - Liam estava nervoso ele não sabia dizer não, então acabou aceitando. - Ah, você ganhou amanha nós nos falamos então.

    - Ok, até amanhã então.

    Clover vai até os campistas de Deméter e volta para seu chalé. Tinha que descansar bastante para amanhã pegar sua arma e lutar, podia até pedir para Ceci lhe ensinar alguns truques para amanhã.


    Última edição por Caio em Qua Jan 28, 2015 1:57 am, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Cah Qua Jan 28, 2015 1:44 am

    Depois que Larissa terminou o aviso todos pareciam falar ao mesmo tempo. Olhando pelo pavilhão - e, principalmente, para sua mesa - Ryan distinguiu rostos preocupados, confusos e até com medo. Era a reação esperada, pelo menos para os novatos. Ryan e seu grupo tinham conseguido as armas naquele mesmo dia. Nem tinham experiência em lutas ainda.

    Mas o garoto estava absurdamente confiante.

    Desde que recebera suas armas Ryan contava os segundos para testá-las em batalhas reais. Só de pensar que enfrentariam um monstro de verdade, começava a tremer de excitação. A voz de alguém sentado ao seu lado o tirou do seu sonho em que se imaginava vencendo de três monstrengos de uma só vez. Era o garoto de cabelos escuros que ficava bocejando sem parar.

    — Ah, não. Valeu. — disse, recusando a oferta. Não queria alguém com poderes especiais o atrapalhando.

    ~~~

    Como todos já podiam se levantar, Rose se apressou em encontrar Nick antes que ele retornasse para o chalé. Aquele anúncio a pegara de surpresa. Teria que ver com o amigo se ele a ajudava a... oferecer ajuda? Rose começou a pensar se aquilo fazia sentido (dificilmente alguém ia querer tê-la por perto mas ela queria ser útil). Então avistou Nick. Ao se aproximar percebeu que o amigo já oferecia ajuda para o menininho de cabelos prateados que viram na arena.
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    Mensagem por Bivi Qua Jan 28, 2015 2:33 am

    Elisa fitou a mesa, apreensiva. Lutar contra um monstro era algo que a aterrorizava. Ao seu ver, ninguém gostaria de encarar uma criatura daquelas. A garota havia passado anos fugindo destes seres e agora estava prestes a lutar contra um.

    Um súbito nervosismo tomou conta de seu corpo. Lembrou-se do último ataque que havia sofrido, quando a Hidra avançou contra os novatos no museu. Depois disso, desejava nunca mais ter que encontrar monstros novamente. Mas sabia que não era tão fácil assim.

    Elisa permaneceu sentada. Só depois de consideráveis segundos que percebeu os campistas fazendo fila para retornar aos chalés. A garota se levantou, quase derrubando o seu prato no chão. Precisava escolher a sua dupla logo e, no momento, contava com apenas um veterano. Esperava que ele aceitasse...

    A garota se aproximou da mesa de Afrodite, que ficava logo ao lado. Os campistas daquele chalé pareciam mais um grupo de modelos, tanto os homens quanto as mulheres. Por sorte, não demorou muito para encontrar Julien. Ela se aproximou do veterano.

    — Olá, Julien! Eu gostaria de saber--

    — Se eu quero ser a sua dupla? — Interrompeu o ruivo.

    — Está tão óbvio assim? — Perguntou Elisa.

    — Essa é a segunda vez que você recebe a minha ajuda. Quero saber quando você vai me ajudar, ma chérie.

    A novata então se deu conta de como parecia interesseira. Nunca havia pensado em falar com Julien apenas quando precisasse de favores. Tal pensamento a deixou preocupada. O que o filho de Afrodite deveria pensar a seu respeito?

    — Ah, n-não tive essa intenção! Juro que eu não estou falando com você só para conseguir uma dupla. Quero dizer, não é interesse... eu só gostaria de ir na caçada com você porque você é o único veterano que conheço. Me desculpe se pareci...

    Julien riu.

    — Eu estava brincando. — Ele pareceu se divertir com o nervosismo da outra. — Aceito ser a sua dupla, novata. — Sua expressão se normalizou. — Mas você está me devendo uma.

    — Obrigada. — Elisa esboçou um sorriso, grata por ter conseguido o apoio do garoto. — Vou retribuir o seu favor, não se preocupe.

    O ruivo deu um sorrisinho.

    — Não me leve tão a sério. Você é péssima em ver quando os outros estão brincando.

    — Ah... — Murmurou, ligeiramente envergonhada. — Mesmo assim, se você quisesse um favor, não me importaria em ajudá-lo.

    Julien pareceu considerar a oferta de Elisa. Já havia percebido que ela parecia ser uma boa pessoa.

    — Nos vemos amanhã, novata.

    A garota assentiu, feliz por ter dado tudo certo. Agora era apenas esperar pela caçada e torcer para que nada desse errado.
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    Mensagem por Nate Qua Jan 28, 2015 8:49 pm

    - Eh? Mas....mas... - Nick seguia Ryan no meio da multidão de pessoas que voltavam para o chalé. Tinha tanta certeza que o garoto iria acertar a sua oferta que a negação acabou sendo inesperada e dolorosa. Ao olhar para os lados, viu sua amiga se aproximando. Nick soube pelo olhar dela que ela também gostaria de ajudar algum novato, por isso pegou o braço de Ryan e ,como se mandasse nele, disse:

    - Bem, se não quiser vim comigo, pelo menos vá com ela! - O garoto apontou para Rose.
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    Mensagem por Cah Qua Jan 28, 2015 9:02 pm

    — Ei, como assim...? — o garoto parou, surpreso, quando teve o braço imobilizado.

    Olhou para Nick e depois para a direção que lhe era apontada. Ao localizar Rose quis protestar, mas então tentou se lembrar do anúncio. Será que não poderia participar se não tivesse um veterano acompanhante? Preferiu não arriscar.

    — Está bem — disse levantando as mãos. — Se essa menina não tem mesmo nenhum poder especial de ataque, posso ir com ela.

    Rose chegou bem a tempo de escutar que tinha conseguido um novato. Abriu um sorriso e assentiu com a cabeça. Depois tirou algumas coisas do seu bolso - carregava uma gaze, algodão e vários vidrinhos transparentes.

    — Ah é, você cura — observou Ryan. — Isso pode ser útil!
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    Mensagem por Nate Qua Jan 28, 2015 9:35 pm

    Nick esboçou um grande sorriso quando viu que Rose ajudaria Ryan. Mas agora faltava ele, e o garoto faria de tudo para poder acompanhar alguém. Naquele instante, o menino conseguiu visualizar entre a multidão um jovem alto de cabelos brancos. Nick lembrou-se dele, era um dos novatos que estava treinando na arena. Deu uma rápida despedida para os dois que estava com ele, e foi em direção ao albino.

    - Ei, você é um dos novatos, né? Posso ser sua dupla na caça de amanhã? - Perguntou quando parou bem na frente do outro. Bocejou algumas vezes, mas sua animação o impediu de dormir naquele mesmo instante.

    Allen se assustou com a súbita aparição do garoto, e depois de ouvi-lo ignorou o seu pedido. Nem lhe passou na cabeça ir na caça de amanhã. Passou por Nick e continuou andando em direção ao chalé. No entanto, o menino de cabelo escuro não desistiria tão fácil.

    - Por favor. Eu prometo que não irei atrapalhar, e minha habilidade é muito útil! Você nem vai se cansar! - Continuou perseguindo o jovem, mas bateu de cara com a costa do mais velho quando este parou de andar.

    - O que quer dizer com habilidade? - Perguntou Allen após se virar e ficar de frente com o garoto. Não foi bem o fato de ter alguma habilidade que chamou sua atenção, mas a parte que Nick disse que ele não iria se cansar.

    Vendo que conseguiu chamar a atenção do novato, Nick continuou:

    - Com a minha flauta eu consigo adormecer qualquer tipo de monstro! Daí vai ser muito mais fácil de você derrotá-lo, certo?

    Allen parou e pensou por alguns segundos. Com a ajuda do garoto a caça seria bem mais fácil e muito menos cansativo, algo que o jovem apreciava muito.

    -Tudo bem, conto com você pequeno. - Disse antes de entrar no chalé.

    Nick ficou tão animado que até pensou que não conseguiria dormir nessa noite, mas depois de 5 bocejos seguido, esqueceu esse pensamento.
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    Mensagem por Hack Qui Jan 29, 2015 5:55 pm

    Ao retornar para o chalé 9, os três filhos de Hefesto trataram de comemorar a determinação de Dennis.

    Thiago pegou os sacos de Doritos e as cervejas. Lançou uma lata à Mark e outra à Dennis, que se atrapalhou e deixou a latinha de cerveja cair no chão.

    — Ops!

    — Cuidado, idiota. — resmungou Mark, abrindo sua latinha.

    Thiago ergueu sua cerveja.

    — Um brinde à Dennis, o mais novo filho de Hefesto!!

    Os dois outros também levantaram suas latas num brinde. Thiago e Mark beberam suas latas num só gole, enquanto Dennis tomou um golinho tímido. Nunca havia bebido cerveja antes, afinal.

    — UUGHAG!! QUE GOSTO RUIM!! — gritou o garoto sardento, cuspindo a bebida da boca e “secando” a língua com a barra da camiseta.

    Thiago riu. Mark apenas revirou os olhos, achando a reação do meio-irmão exagerada.

    — Você não gosta de cerveja? — perguntou Thiago.

    — Nunca bebi. Álcool é ruim! Faz tipo, mal pra saúde e tals!

    — Sim, cerveja é ruim. — admitiu Mark, pegando a lata de Dennis. — Não beba cerveja. Deixe mais para nós.

    O loiro deu um sorrisinho, e Thiago riu novamente.

    — Pensei que você só ia tomar uma cervejinha, Mark! Nada de exagerar, hein? Sabe-se lá o que a Larissa pode fazer com você caso saiba que está bebendo de novo!!

    Mark deu de ombros.

    — Hoje é uma ocasião especial. — e então, tomou um longo gole da latinha de Dennis.

    ~

    A noite se prolongou. Os três filhos de Hefesto jogaram cartas enquanto bebiam e comiam Doritos (com exceção de Dennis, que não tinha gostado nem da cerveja, nem do salgadinho apimentado). Fofocaram sobre os outros novatos e falaram mal dos filhos de Afrodite e dos filhos de Ares, como sempre. Thiago e Dennis falaram sobre garotas, assunto que Mark parecia não gostar de falar.

    Por fim, chegaram ao assunto mais esperado. A caçada dos novatos.

    — Mas eaí, Dennis? Já sabe quem vai ser seu veterano? — perguntou Thiago, enchendo a boca de Doritos.

    Dennis soltou um “hmm”, fazendo sua jogada. Lançou um olhar para Mark, que o ignorou.

    O garoto negro deu um sorrisinho, assentindo a cabeça.

    — Eaí Mark? Rola ou não rola?

    — Não rola. — grunhiu o loiro, focado em suas cartas. Ele amassava a ponta de uma carta distraidamente.

    Dennis choramingou. Jogou toda a sua mão no chão, frustrado, e pulou em cima do meio-irmão.

    — VAMOS, IRMÃOZÃO!! EU PRECISO DE VOCÊ, CARA!!

    Thiago riu. Mark rosnou baixinho, tirando o garoto sardento de cima de si com um empurrão.

    — Já disse que não vou. — reforçou Mark.

    — Se quiser, eu posso ir com você. — Thiago deu de ombros, oferecendo-se para a missão.

    O rapaz loiro lançou um olhar repreendedor na direção do moreno.

    — Você não pode ir. Tem trabalho. Nós dois temos muito trabalho a fazer.

    Thiago e Dennis cruzaram os braços, falando juntos:

    — Sem graça.

    Mark jogou suas cartas no chão.

    — Está tarde. Para a cama, já.

    Os meio-irmãos resmungaram. Recolheram as cartas, latinhas e pacotes de Doritos, tratando de sumir com o lixo. Seria o fim se descobrissem que haviam trazido cerveja e salgadinho pra dentro do acampamento...

    Dennis aproximou-se de Mark, sem querer desistir da ideia de levá-lo para a caçada.

    — Vamos, cara! Por favor! Eu faço o que você quiser, qualquer coisa...!

    O loiro bufou.

    — ... Você é chato, hein? Já disse que tenho trabalho a fazer. Não posso deixar de trabalhar pra participar de uma caçada estúpida inventada por Nelson...

    Mark então pulou para seu beliche. Dennis suspirou pesadamente, sem saber o que fazer.

    Thiago apagou as luzes. Os filhos de Hefesto então foram dormir, logo pegando no sono.

    ~

    Logo cedo, após o café da manhã no pavilhão, os novatos foram reunidos próximos da entrada para a floresta. Larissa já os esperava lá. Ao lado dela estavam Nelson, de armadura de combate completa e segurando uma lança que soltava faíscas, e uma garota loira de porte atlético carregando um arco e uma grande bolsa nos ombros. Seus cabelos eram tão brilhantes quanto seu sorriso totalmente branco.

    Dennis havia tentado de tudo para convencer Mark à ser seu veterano na caçada, mas não obteve sucesso. Será que seria punido por não ter arranjado uma dupla...?

    O garoto sardento estava de cabeça baixa. Soluçou, esfregando os olhos. Era horrível estar ali sozinho, sem ninguém para ser seu par...



    Última edição por Hack em Qui Jan 29, 2015 8:34 pm, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Bivi Qui Jan 29, 2015 6:39 pm

    Elisa havia demorado um pouco para pegar no sono. Estava ansiosa para ver como seria a tal caçada, sendo quase impossível esconder seu nervosismo. Ela adormeceu depois de se virar várias vezes em seu saco de dormir.


    Depois do café da manhã, Julien e Elisa se encontraram e seguiram até a entrada da floresta. Enquanto andava, a garota perguntou:

    — Que tipo de arma você usa?

    — Nenhuma.

    Ela franziu o cenho.

    — Como vamos lutar contra o monstro?? — Indagou, começando a ficar nervosa.

    O ruivo riu baixo. Novamente, Elisa havia levado sua brincadeira a sério.

    — Uso arco e flecha. — Disse, mostrando o seu anel de bronze celestial para a novata. — Não se preocupe, sou bom no que faço. — Julien deu um sorrisinho.

    A novata suspirou, agora mais aliviada. Voltou a olhar para a frente, avistando Nelson, a garota loira e Dennis. Estranhamente, o garoto parecia estar sozinho. Ela olhou para Julien.

    — Já volto. — Murmurou, em seguida se aproximando do filho de Hefesto. — Está tudo bem, Dennis?
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    Mensagem por Hack Qui Jan 29, 2015 6:55 pm

    Dennis se assustou com a chegada de Elisa, dando um gritinho.

    — A-Ah! Ah... É você... — gaguejou, envergonhado por ter levado um susto. — H-Hã... E-eu... Eu estou sem par...

    O garoto desviou o olhar. Parecia prestes a chorar à qualquer instante.
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    Mensagem por Bivi Qui Jan 29, 2015 7:06 pm

    Elisa ficou com pena do garoto. Não podia acreditar que ele não havia conseguido uma dupla.

    — Você não tentou falar com Mark..?
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    Mensagem por Caio Qui Jan 29, 2015 7:09 pm

    Após o café Clover havia voltado para o seu chalé, ela havia combinado que Liam ia aparecer na frente do chalé antes da caçada. Ceci havia ensinado à ela alguns truques simples para os filhos de Deméter, no começo foi difícil, mas depois ela pegou jeito.

    - Toc Toc, alguém em casa?

    Clover e Ceci vão para fora do chalé lá encontram Liam, ele estava usando sua camisa do acampamento e uma flauta de bambu em sua mão.

    - Bem se está tudo pronto, é só nós irmos então. – O sátiro estava todo animado com a ideia da caçada que não conseguia esconder um sorriso.

    - Tudo bem Liam, te vejo depois então Ceci.

    Juntos foram até a entrada da floresta, onde encontram o grupo que ia na caçada.

    - Ei, Clover cadê sua arma? Esquecesse ela?

    - Arma? – Clover estava tão distraída com a ideia da caçada que nem se lembrara que não tinha pego sua espada com Mark. – Ah, minha espada!
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    Mensagem por Hack Qui Jan 29, 2015 7:40 pm

    — Eu tentei! Eu fiz de tudo, mas ele não quis saber de ser meu veterano... — Dennis fungou. — Disse que tinha que trabalhar e blablabla... O MARK É UM IMBECIL!! — gritou, batendo o pé.

    No mesmo segundo que disse aquilo, Mark apareceu. Estava logo atrás do meio-irmão, encarando-o.

    — ... Do que você me chamou...?

    Dennis engoliu em seco. Tremeu de medo, ficando pálido de repente. Não esperava que o loiro fosse aparecer.
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    Mensagem por Bivi Qui Jan 29, 2015 7:43 pm

    Elisa se voltou para Mark, também surpresa com sua chegada.

    — Aí está você! — Ela esboçou um sorrisinho. — Você vai ser a dupla do Dennis, não é?
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    Mensagem por Hack Qui Jan 29, 2015 8:12 pm

    Mark saiu de trás de Dennis, fitando Elisa sem muito interesse.

    — Não. Eu vim aqui apenas para entregar uma espada... — então, olhou ao redor à procura de Clover. Ao encontrá-la, foi em sua direção, chamando-a: — Ei, você. Eu terminei sua arma.

    O filho de Hefesto mostrou a espada de bronze celestial que carregava consigo para a garota. Ao girá-la, ela se transformou numa presilha em formato de flor. Assim, seria bem mais fácil de carregá-la por aí.
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    Mensagem por Bivi Qui Jan 29, 2015 8:28 pm

    O sorriso de Elisa sumiu de seu rosto. Por que Mark não seria a dupla de Dennis? A garota foi até ele, tentando convencê-lo.

    — Mas ele é o seu meio-irmão e está sem dupla. Não custa nada ajudá-lo. — Disse, sem desviar o olhar do loiro. — Por favor.
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    Mensagem por Caio Qui Jan 29, 2015 8:35 pm

    Clover logo se acalmou quando viu Mark com a espada.

    - Nossa, obrigada. – Ela realmente estava feliz com a chegada do outro, então ela pega a presilha e coloca no cabelo. – Ficou ótima, obrigada.
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    Mensagem por Hack Qui Jan 29, 2015 8:45 pm

    O loiro assentiu, contente em ver que Clover havia gostado de sua arma. Era bom saber que seu trabalho havia sido apreciado.

    Mark voltou seu olhar para Elisa, revirando os olhos e praguejando baixinho. Não estava com saco para dar satisfações a ninguém, muito menos para a garota.

    — Eu não ligo se ele é meu meio-irmão ou não. Não vou participar dessa caçada estúpida. — grunhiu, impaciente. Passou a noite e a manhã inteira tendo que aturar Dennis gritando em seu ouvido para ser sua dupla, e não estava afim de ter que aturar Elisa também. — Diferente de certas pessoas, — ele deu uma indireta. — eu tenho trabalho a fazer. Muito trabalho. Não posso perder tempo brincando com vocês... a Forja não é operada sozinha, sabia...?
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    Mensagem por Bivi Qui Jan 29, 2015 9:05 pm

    Elisa suspirou.

    — Dennis poderia te ajudar na Forja depois da caçada. Até eu mesma poderia tentar ajudar em algo, se trabalho for o problema..! Além do mais, você não precisa trabalhar vinte e quatro horas por dia. — Ela realmente não queria que Dennis ficasse sem dupla. — E não é uma brincadeira, vamos estar lidando com monstros de verdade...

    — Você é muito bobinha em pensar que vai convencê-lo. — Julien se aproximou, logo em seguida olhando para Mark. — Se eu fosse você, aceitaria fazer dupla com o garoto. Só porque ela se dispôs a lidar com o seu ótimo humor.
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    Mensagem por Hack Qui Jan 29, 2015 9:41 pm

    — Não, esse é o problema. Eu preciso trabalhar vinte e quatro horas por dia, todos os dias, porque não há campistas o suficiente trabalhando na Forja. Porque não há filhos de Hefesto suficientes no acampamento. — resmungou, irritado. — Eu trabalho por dez. Você acha mesmo que conseguiria trabalhar na Forja, suportando o calor das fornalhas por nove horas seguidas...? E, além disso, Dennis ia atrapalhar mais do que ajudar. — bufou, cruzando os braços.

    Mark estava prestes a dar o fora dali quando Julien aproximou-se. Não precisava ser um gênio para saber que ele era do chalé 10. Até um cabeça oca do chalé 5 seria capaz de identificá-lo.

    O loiro riu baixo, desdenhoso. Se tinha uma coisa que odiava mais que os filhos de Ares, eram filhos de Afrodite.

    — Ora, ora... Mas que surpresa encontrar alguém da sua laia aqui. — ele estreitou o olhar. — Que ótima companhia para uma caçada... O que você vai fazer, vai cuidar do cabelo dela durante a luta...? Cuidado para não quebrar uma unha!

    Dennis estava interessado no outro ruivo. O meio-irmão parecia odiá-lo, mas... por quê?

    — Eu não ligo para o que você diz — grunhiu Mark, dirigindo-se à Julien. Então, encarou Elisa. — ou para o que você diz. Não é só porque ela é uma garota que vou fazer o que ela mandar. Muito menos vou fazer algo porque alguém como você mandou. Volte para o salão de beleza, andrógino.

    O garoto sardento fungou. Não havia como convencer Mark a participar da caçada...

    Foi então que Larissa aproximou-se. Tinha ouvido toda a conversa, inclusive quando o filho de Hefesto começou a falar um monte de asneiras para Julien.

    Ela pigarreou, chamando a atenção de todos ali. Parecia furiosa, mas sorriu:

    — Algum problema aqui?

    Mark congelou. Desviou o olhar e baixou a bola, calando a boca.

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    Mensagem por Bivi Qui Jan 29, 2015 10:07 pm

    Elisa franziu o cenho com os comentários de Mark.

    — Dennis poderia ajudar sim! Você não deu chance para ele. — Grunhiu, indignada. — E Julien não te fez nada. Não precisa tratá-lo dessa forma.

    Julien apenas riu baixo, divertindo-se com a situação.

    — Não ligue pra isso. Deixe-o trabalhar, já que o acampamento precisa tanto de novas armas. Nem sei como sobrevivemos com tão poucos ferreiros. — Comentou, sarcástico.

    Assim que Larissa se aproximou, Elisa disse:

    — Dennis está sem dupla. Mark não quis ajudá-lo. — Murmurou.
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    Mensagem por Hack Qui Jan 29, 2015 11:56 pm

    Larissa ergueu as sobrancelhas, fingindo estar surpresa.

    — Ah, é mesmo...? — ela lançou um olhar para Mark, as mãos na cintura. — Bem, já que você já está aqui, não custa nada participar da caça com Dennis, não é?

    O loiro gaguejou, incapaz de olhar nos olhos da filha de Dionísio.

    — E-Eu... Preciso trabalhar...

    — Thiago pode cobri-lo agora. E como Elisa disse, ela e Dennis podem ajudá-lo depois.

    Mark realmente queria se livrar da caçada. Bateu com os dedos na perna, sinal de que estava nervoso.

    — A-Ah... Mas eu esqueci minha arma e...

    — Seu colar é sua arma. — bufou Larissa, sem acreditar que tinha ouvido uma desculpa tão esfarrapada como aquela.

    A garota cruzou os braços, já impaciente. Chamas púrpuras começaram a brilhar em seus olhos.

    Faça dupla com Dennis. Agora.

    — S-Sim senhora... — Mark ganiu, assentindo a cabeça repetidas vezes.

    Dennis abriu um largo sorriso, dando um pulinho. Estava feliz em ter arranjado um veterano, ainda mais que esse veterano era seu meio-irmão.

    Nelson abafou o riso ao ver a cena.

    PAGA PAU!! — gritou, fazendo com que Mark corasse um pouco.

    — Bem, já que estamos resolvidos, vamos às instruções da caçada! — anunciou Larissa, chamando a atenção de todos os novatos. Passou então a palavra para Nelson, que estava ocupado tirando sarro de Mark.

    — Certo, fracotes!! Prestem atenção! Como treinar contra bonecos de palha não é nada legal e a loirinha não gosta de lutar contra outros campistas... — disse, lançando um olhar perverso na direção de Elisa. — Vocês vão lutar contra um monstro! É uma tarefa simples, tipo, até vocês podem realizá-la. Comprei alguns monstros muito legais e os soltei na Floresta. Esses monstros possuem um embrulho de seda amarrado nas costas, então será fácil para vocês identificá-los. Derrotem os monstros e tragam o embrulho para mim.

    — Os veteranos serão responsáveis por seus novatos. Irão auxiliá-los na caçada, mas lembrem-se que essa caçada foi criada no intuíto dos novatos testarem suas armas e habilidades. — explicou Larissa. — Interfiram apenas se necessário. Caso alguma coisa dê errado, eu, Nelson e Kathy estaremos espalhados pela floresta.

    A garota loira sorria. Parecia muito ansiosa para a caçada; talvez até mais que os próprios novatos.

    — Sou Kathy White, líder do chalé 7!! — apresentou-se a loira, acenando animadamente para todos. — Nessa caçada, ajudarei com primeiros socorros. Ah, e também tenho um arco! Eu realmente espero que tudo dê certo para vocês, quero dizer, não que alguma coisa dê errado né, mas nunca se sabe, o melhor a fazer é se prevenir!!

    — Acho que isso é tudo... — Larissa sorriu, contagiada com a animação de Kathy. — Boa sorte à todas as duplas!

    — E voltem vivos, por favor. — Nelson bufou. — Não quero ter que carregar nenhum cadáver pra fora da floresta!!

    Dennis olhou na direção da floresta logo à sua frente. Seu corpo tremia de excitação: mal podia esperar para acabar com seu primeiro monstro de verdade!!


    A primeira caçada Bg10




    ** INSTRUÇÕES DA CAÇADA **




    A primeira caçada Scorpion-clipart-scorp2


    Os monstros que as duplas irão enfrentar é um escorpião. Mas não um escorpião qualquer: este artrópode cor de âmbar brilhante mede três metros de comprimento, com pinças dentadas, cauda encouraçada e um ferrão tão longo quanto uma espada. São criaturas ariscas, rápidas e fortes. Tentarão agarrar suas presas para injetar seu veneno nelas.

    O objetivo dessa luta é não apenas mostrar o estilo de luta de seu personagem (tanto do seu novato quanto do seu veterano) mas também mostrar suas habilidades e desenvolver o laço de confiança entre seu personagem novato e seu personagem veterano.

    EVITEM SEREM ATINGIDOS PELO FERRÃO DO ESCORPIÃO!! O veneno da criatura é altamente perigoso, sendo capaz até de matar.

    Isso é tudo... divirtam-se tentando sobreviver!!  Very Happy  *risada maligna*



    Última edição por Hack em Dom Fev 01, 2015 12:19 am, editado 2 vez(es)
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    Mensagem por Cah Sex Jan 30, 2015 8:06 pm

    — O que você acha que nos espera lá dentro?

    Ryan não tirava os olhos da floresta à sua frente, esperando qualquer movimento ou tentando distinguir o vulto de um monstro.

    Do seu lado, agachada na grama e rabiscando em um quadro magnético branco, estava Rose. Logo que terminou mostrou ao garoto o que tinha feito. Tratava-se de um plano, uma estratégia que a menina conseguira pensar na hora, apesar de todo o nervosismo.

    — Ah, vamos fazer aquilo de novo? — Indagou Ryan pegando o quadro. Naquela manhã, Rose tinha lhe mostrado que também podia usar o quadro para se comunicar.

    Estava todo preenchido com caneta preta. Em cima, em letra pequena – que o garoto precisou se esforçar bastante para entender – estava escrito: ESTRATÉGIA. O restante do quadro continha um desenho. Um rabisco preto que parecia ter chifres estava no centro e circundado por árvores. O rabisco parecia olhar zangado para uma pessoa que estava desenhada logo à frente. Rose indicou o chapéu no desenho e Ryan deduziu que era ele. Perto das árvores e atrás do monstro-rabisco tinha outra pessoa. Ryan então entendeu que aquela era Rose, que ficaria atrás, escondida entre as árvores, para lhe dar suporte.

    O pequeno assentiu e quando percebeu que já era hora de começar ficou tão animado que correu em direção à floresta, gritando para Rose:

    — Vamos! Não vá ficar pra trás!

    ••••••


    Rose não sabia dizer quantos minutos tinham se passado desde que se vira cercada pelas enormes árvores da floresta. A densidade de galhos e folhas permitia que pouca luminosidade chegasse ao chão. A garota já não sabia se tremia devido à umidade do local ou se era por pavor do monstro que poderiam encontrar.

    Mas sabia que não estavam sozinhos.

    Vez ou outra escutava sons de batalhas. Assustava-se toda vez, mas então Ryan começava a correr para uma direção contrária gritando que queria achar um monstro só para ele. O garoto parecia ver tudo como uma competição.

    No começo era mais cuidadoso: olhava para todos os lados, esperando algum monstro pequeno pular em sua cara. Agora, já impaciente, quase corria por entre as árvores, pisando ruidosamente sobre folhas e galhos. E sempre reclamava.

    Sobrava para Rose seguir o novato e explicar uma ou outra coisa sobre localizar um inimigo. Ele não podia deixar as emoções subirem à cabeça daquele jeito! Mas, era difícil. Rose estava até pensando em escolher uma tarde depois dessa caçada só para ensinar ao mais novo regras básicas de sobrevivência. Como mais velha e veterana, sentia que esse era o seu dever.

    Depois de andarem mais um pouco, os dois campistas perceberam que uma enorme figura se mexia entre as árvores. Estava a alguns metros deles.

    Rose puxou Ryan para trás de um tronco quando percebeu do que se tratava. Era um escorpião. Gigante. Pelo menos três metros de comprimento. Em suas costas estava o embrulho que deveriam resgatar.

    Com o olhar quis avisar Ryan que começariam o plano. Não tinha certeza se daria certo e nem se ele havia entendido. Em seus olhos o garoto poderia ter visto determinação, mas também medo e insegurança.

    Mas, com um breve “certo” e um sorriso confiante, o garoto se levantou.

    — Vou atrair a atenção dele, então você pode ficar atrás.

    E, com uma velocidade incrível, ele começou a correr. Não ia em linha reta, de encontro com o monstro, mas, aproveitando que o escorpião estava de costas, começou a contornar por entre as árvores. O bicho só notou a presença do garoto quando ele estava quase na sua frente.

    — E aí, casca grossa?

    O escorpião abriu e fechou as garras de modo ameaçador. Mas, antes que pudesse investir, foi surpreendido por duas adagas que passaram raspando por sua cauda.

    Ryan tentou parecer calmo, não queria transparecer que tinha errado o alvo. Feio.  E ainda tinha que esperar alguns segundos para as armas voltarem.

    Pulou para o lado quando o escorpião quis segurá-lo com uma das garras. Uma adaga tinha retornado e ele a apertou firme enquanto procurava um ponto para mirar. Tentou as costas do bicho, mas o monstro não parava de se mexer e cada vez se aproximava mais. A adaga foi parar no embrulho. Rose pulou atrás do tronco, preocupada. E se aquele embrulho de seda carregava algo importante?

    Ryan engoliu em seco, foi o seu segundo arremesso errado (terceiro se contar pelas adagas). Agora o artrópode estava quase em cima dele.

    Tentou atacar, mas o escorpião o acertou com a enorme garra. O menino voou alguns metros, para dentro de uma clareira.

    Rose precisava fazer alguma coisa. Tirou suas armas do bolso do shorts. Eram agulhas prateadas, finíssimas. Na pouca claridade da floresta quase não dava para enxergá-las. Correu para trás do monstro e lançou algumas. Elas bateram na carapaça do escorpião e caíram.

    A atenção do monstro se voltou para Rose. Ela continuava arremessando agulhas que com o tempo pareciam encontrar caminho na pele do escorpião.

    Ryan se levantou atordoado.

    Percebeu que Rose distraía o escorpião então, já com as armas em posse, correu para as patas traseiras do animal desferindo repetidos golpes.

    O escorpião soltou um barulho de pura dor e ódio. Rose quis avisar Ryan para que se afastasse da parte traseira do escorpião, mas o monstro já o atacava com seu ferrão.

    Ryan aparou o golpe usando uma adaga. Não sabia como tinha feito aquilo, mas o escorpião já preparava outra investida. O menino era pequeno então não era sempre que a cauda descia o suficiente para lhe alcançar. Ele desviava e se defendia dos golpes por reflexo, como se seu corpo movesse sozinho.

    Pelo canto dos olhos, Ryan viu Rose tentando chamar sua atenção. Ela apontava expressivamente para a cabeça do monstro. Focando seu olhar naquela área, o garoto percebeu que algo brilhava sobre a couraça do bicho, a cada movimento que ele fazia. Era como se tivesse algo metálico preso na cabeça do escorpião e aquilo brilhava sob os raios do sol.

    — O quê? O que você quer que eu faça? — disse enquanto tentava fugir das garras que mais uma vez queriam lhe prender.

    Rose lançou algumas agulhas no escorpião então olhou para Ryan fazendo um sinal com a cabeça como se dissesse: É a sua vez.

    O mais novo entendeu. A cabeça do monstro tinha sido marcada com qualquer que fossem as coisas que Rose arremessava. A cabeça era o ponto onde ele devia mirar suas adagas.

    Entre se defender e desviar, Ryan tentou acertar no ponto marcado. Mas acabou tendo um ataque repelido por uma das garras e o outro foi parar nas costas do monstro. Enquanto esperava as adagas voltarem tinha que confiar em sua agilidade para sobreviver.

    Quando se esquivou de uma investida, não percebeu que o monstro tinha uma das garras o esperando para segurá-lo. A força daquela pinça poderia dividi-lo em dois. O pequeno tentou se proteger com os braços quando viu que não daria para escapar.

    Rapidamente, Rose jogou três agulhas. Cada uma ficou encravada em uma articulação do pedipalpo do escorpião, mobilizando-o temporariamente e impedindo que a garra se fechasse ao redor de Ryan.

    O garoto soltou uma exclamação ao ver que tinha sido salvo. Aproveitou a chance e enterrou a lâmina da adaga na cabeça do escorpião, bem entre os olhos.

    O monstro guinchou e se sacudiu. Por um momento, Ryan achou que o escorpião iria contra-atacar, mais ferozmente que antes, mas a criatura reduziu-se a pó.

    ••••••


    Rose se ofereceu para carregar o embrulho. Felizmente, não apresentava ferimentos, só estava um pouco cansada. Já Ryan estava todo suado e com as roupas sujas de terra e grama. Também deveria estar exausto porque não ficou falando todo o caminho de volta.

    Ao saírem da floresta, a filha de Apolo suspirou aliviada. Entregou o pacote de seda para Nelson e acenou para sua líder de chalé.

    Ryan desabou na grama assim que percebeu que tinham finalmente chegado. Estava morto. Mas, ao olhar ao redor e não ver os outros novatos que conhecia deixou escapar um riso. Foram os primeiros.
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    Mensagem por Nate Sex Jan 30, 2015 9:14 pm

    Allen estava esperando Nick na entrada da floresta. Se soubesse que o garoto demoraria tanto assim poderia ter descansado um pouco mais. Apenas quando Nelson começou a falar que o menino apareceu, esfregando com força seus olhos. Quando chegou mais perto, pôde observar que o menor tinha algumas olheiras debaixo dos olhos. Os dois permaneceram em silêncio até a caçada começar oficialmente. Depois de dadas todas as instruções, resolveram entrar logo na floresta.

    O mais velho não parecia se incomodar tanto com o ambiente, uma vez que havia uma floresta perto das áreas da fazenda e ele ia ocasionalmente ao local para descansar. No entanto, Nick tremia enquanto andava e sempre que escutava um som anormal dava um pequeno pulo. Os dois exploravam a floresta sem nem ao menos falar um com o outro. No caso de Allen era porque o jovem preferia o silêncio, já Nick tinha medo de iniciar uma conversa, pois a expressão do albino não era nada simpática. Por um momento o garoto achou que o mais velho estava daquele jeito porque havia se atrasado, mas Allen, percebendo o desconforto do menino, falou:

    — Não estou bravo com você. Só não gosto de proseá  –  disse, com uma voz calma. – E em vez de encucar com isso, presta mais atenção nos sons. O monstro pode estar escondido e pronto para atacar.

    - Ahn? Ah...S-sim. – Nick ficou surpreso quando o albino falou, mas depois ficou envergonhado, já que parecia que o maior era o veterano e não o garoto. Isso o deixou meio cabisbaixo, pensara que poderia ser útil como veterano, mas no final não estava ajudando em nada.

    Nick estava tão preso em seus pensamentos que nem percebeu quando uma grande cauda encouraçada surgiu no meio de alguns arbustos e apontou para o garoto. Felizmente, antes que o monstro pudesse atingi-lo, Allen havia empurrado o menor para o lado. Nick caiu, confuso, ainda raciocinando o que acabara de acontecer, e então subitamente sentiu um calafrio, pois por pouco escapara da morte. Olhou para o novato e percebeu que ele estava se esquivando dos ataques contínuos do escorpião.  O monstro era enorme, e em sua costa era possível identificar um embrulho de seda. Então esse é o monstro que precisamos derrotar, pensou Nick. Sem hesitar, pegou sua flauta transversal e gritou para Allen:

    - Tente distraí-lo um pouco! Irei tentar adormecê-lo!

    O jovem fez um “sim” com a cabeça e transformou sua pulseira esverdeada na sua lança. Com o intuito de pegar impulso, o albino deu alguns passos para trás e avançou para frente com uma forte estocada. O dano não foi grande, pois o escorpião defendera o ataque com uma de suas enormes garras, e com a outra prendeu Allen em uma árvore. O grito de dor do jovem não foi muito alto, mas conseguiu chamar a atenção de Nick.

    Para que o garoto pudesse adormecer completamente o adversário, era necessária muita concentração na melodia. Contudo, não conseguiu continuar quando ouviu um alto barulho e o grito de seu parceiro. Num ato rápido transformou sua flauta em uma espada e golpeou uma das pernas do monstro. O resultado foi satisfatório, já que o escorpião soltou Allen e começou a agonizar de dor. Vendo isso, Nick enfiou sua arma mais vezes no inimigo. Naquela hora, o garoto desejou que seu ponto forte fosse sua espada e não sua habilidade, assim poderia infligir um ferimento mais letal.

    Quando tentou atacar o monstro mais uma vez, foi arremessado para longe pelo rabo do escorpião. Na queda, sentiu sua espada voando de sua mão, e quando tentou se levantar para pegá-la  sentiu uma imensa dor em seu tornozelo. Não conseguindo resistir, o menino caiu de bunda no chão e soltou um grito de dor. Isso em especial pareceu atrair a atenção do monstro, já que começou a avançar em direção ao Nick. Sem ter como correr ou se defender, o garoto sentiu lágrimas se formando em seus olhos. Estava com tanto medo que não conseguia pensar em mais nada além de sua mãe e de seus amigos do acampamento. Quando o escorpião chegou mais perto, prendeu Nick no chão com uma de suas garras e preparou para atacá-lo com a cauda. Vendo que não havia mais escolhas, o menino fechou os olhos e esperou o ataque. No entanto, ele nunca veio.

    Ao abrir os olhos, viu que a lança de Allen estava fincada na cauda do escorpião, mas o jovem não se encontrava por perto.  Tentou inclinar o seu corpo para direita e viu que o mais velho ainda estava perto da árvore em que tinha sido preso antes, e estava boquiaberto. Pelo jeito nem ele achava que conseguiria atingi-lo em cheio.

    — Como isso aconteceu...? — Allen olhava para suas próprias mãos, como se elas tivessem agido separadamente do resto corpo. No momento em que viu o menor sofrendo, lançar seu equipamento foi a primeira coisa que passou pela sua cabeça. Não tinha uma mira boa, mas no momento em que arremessou sentiu um forte vento batendo em suas costas e na lança, dando força e velocidade para o ataque. E ainda conseguiu observar pequenas correntes de ar empurrando a lança, como se estivessem direcionando ela para um golpe certeiro.

    Infelizmente, o escorpião ainda não havia sido derrotado, pelo contrário, ele estava muito mais feroz. Retirou sua garra de cima de Nick e avançou na direção de Allen, que agora também estava desarmado. Sem ter como ajudá-lo com a espada, o mais novo começou a assobiar uma melodia calma e aconchegante, a qual o novato não conseguia escutar muito bem, mas o monstro sim. O escorpião gigante não caiu em um sono pesado, mas seus movimentos ficaram mais lentos, dando a oportunidade perfeita para o mais velho se desviar de um ataque de suas garras e rolar para trás do escorpião. Com força conseguiu retirar a sua arma da cauda do monstro, e antes que ele virasse, desferiu vários golpes. Algumas eram estocadas, já outras eram ataques laterais ou horizontais que Allen conseguia emendar com suavidade.

    Não demorou muito para que Allen reduzisse o escorpião a pó. Após o feito, agachou-se e pegou o embrulho de seda, e como se não estivesse se esquecendo de nada, começou a andar na direção que vieram.

    — Espere! – gritou Nick. — Eu não consigo andar... Não sabia ao certo se ele estava dele  ou se estava com raiva do garoto por ter sido pouco útil. — Eu torci meu tornozelo e... Hum, você pode me ajudar a levantar?

    O olhar que o mais velho dera para o menor não foi nada agradável. O jovem estava bem cansado, e simplesmente fica com raiva de tudo quando está desse jeito. Diferente do que imaginara, o menino tinha lhe dado muito trabalho, e, por um momento, até pensou em deixá-lo para trás. Contudo, a expressão assustada e de dor que Nick fizera obrigou o albino a ajudá-lo. Primeiro tentou levantá-lo e deixá-lo andar sozinho, mas depois de dois tombos deu apoio ao garoto. Por causa da diferença de altura, os pés de Nick nem chegavam ao chão e o modo como o novato o carregava fazia com que o menino parecesse um saco de batatas. O que deixou o veterano muito constrangido.

    Depois de algum tempo, conseguiram sair da floresta. A primeira coisa que Allen fez foi deixar Nick sentado no chão e ir entregar o embrulho para Nelson Rodriguez. Antes de voltar para perto do garoto olhou ao redor e só viu uma dupla fora da floresta. Pensou se estava sendo difícil para o resto, mas logo tirou esse pensamento.

    -Ei, acho que ainda não nos apresentamos, né? –Perguntou Nick.

    - Acho que não.

    - Meu nome é Nick! E o seu?

    - Me chamo Allen.

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